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Para se superar nos negócios, é preciso adotar um método disciplinado. Aqui estão algumas das melhores práticas para melhorar a sua cadeia de suprimentos.

O livro os 7 hábitos das pessoas altamente eficientes, de stephen covey surgiu pela primeira vez nas livrarias em 1990 e continuou a vender milhões de cópias, oferecendo uma fórmula para o sucesso pessoal e profissional, com base em uma “mudança de paradigma” no modo como as pessoas enxergam o mundo e elas mesmas, um foco no caráter, no princípio e na prática dos sete hábitos frequentemente repetidos.

Procurando aplicar o método dos “7 Hábitos” na cadeia de suprimentos. a revista intraLoGÍstica pediu a Jim  tompkins, diretor executivo e fundador da  tompkins  associates, empresa de consultoria e integradora de sistemas, para refletir sobre seus 40 anos de experiência ajudando as empresas a atingirem a excelência na cadeia de suprimentos e a identificar as melhores práticas, ou “hábitos”, que são a chave para a garantia do sucesso.

1 – comunique
A melhor prática aqui é comunicar para garantir que todos os departamentos dentro de sua empresa e todos os elos dentro de sua cadeia de suprimentos tenham um entendimento comum do que significa cadeia de suprimentos e quais são os objetivos e que todos tenham um entendimento comum do que, por que, quem e onde. não deve haver surpresas quanto ao que se está tentando atingir.as antigas ideias, onde se focava dentro de um departamento ou dentro de um elo, hoje são totalmente irrelevantes. É necessário eliminar as barreiras e pensar horizontalmente desde o fornecedor de matéria-prima original até o usuário. Precisa-se pen-sar como um só e fornecer ao cliente final o máximo em satisfação com os  produtos, serviços e preços. A empresa tem que estar 100% focada em deixar o cliente satisfeito e, portanto, é uma busca integrada, unificada e de ponta a ponta para a satisfação do cliente.

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2 – Compare o desempenho
A segunda melhor prática é a comparação de desempenho. Como primeiro passo na identificação das oportunidades para a melhoria da cadeia de suprimentos é o fato de precisarmos entender o que nossos concorrentes estão fazendo, o que nosso setor está fazendo, o que as melhores empresas da categoria estão fazendo para que
tenhamos uma estrutura contra a qual possamos definir as melhorias A única forma de fazer isso é identificando os elementos mais fracos e compará-los com o setor, os concorrentes e os melhores da categoria, para, em seguida, avaliar como estamos indo. Se houver seis assuntos e estivermos obtendo 100 pontos em três deles, 90 pontos em dois deles e 60 pontos em um deles, precisamos voltar nossa atenção à área onde estivermos obtendo 60 pontos e a única forma de identificar essa área é através de um processo robusto de comparação de desempenho.

3. Avalie e faça parcerias
Depois de feita a comparação de desempenho e soubermos onde estão as oportunidades de melhorias, precisamos garantir o nível de preparação para seguir adiante.

Portanto, em primeiro lugar fazemos a comparação de desempenho para determinar nossos pontos fortes e pontos fracos e, em seguida, o processo de avaliação para identificar as áreas de melhoria. Se sua empresa tiver duas áreas no Nível 2 e as restantes no Nível 3, 4, 5 e 6, temos que trabalhar nestes dois “Níveis 2”. Uma vez obtido tudo da empresa no Nível 2 ou acima, pode-se começar a buscar a visibilidade com os elos da minha cadeia de suprimentos. O desafio aqui é que não se consegue ter visibilidade com alguém que já não tenha atingido o Nível 2 também. O elemento da parceria na cadeia de suprimentos começa ao obtermos todas as áreas da empresa até o Nível 3 e  fazemos parceria para ter visibilidade. Em seguida, no Nível 4 estaremos fazendo parceria para colaboração e no Nível 5 para sintetização. A parceria é um processo de pensar mais no todo e menos no individual.

4. Priorize
A próxima prática é a Priorização. Nesta etapa, precisamos pegar as atividades de comparação de desempenho e de avaliação e usá-las para identificar as tarefas e os processos específicos que precisam melhorar. O desafio é que simplesmente não se pode chegar e dizer:

“Preciso trabalhar no transporte.” É uma boa afirmação inicial, porém é preciso entender no que você quer trabalhar em relação ao transporte. Podemos trabalhar no transporte a partir de um ponto de vista de operações; ou do ponto de vista da tecnologia e examinar a instalação de sistemas de gerenciamento do transporte ou do software de roteirização; ou do ponto de vista da terceirização e examinar o que não devemos mais fazer internamente.

Portanto, a priorização é baseada na avaliação e na comparação de desempenho que forem feitas antecipadamente.

5. Lidere e não apenas gerencie
A próxima melhor prática tem a ver com liderança. Primeiramente, precisamos entender a diferença entre liderança e gerenciamento. O gerenciamento é uma tarefa importante. Mas infelizmente, há muito gerenciamento na maioria das empresas, muitas pessoas para medir, controlar e realizar as tarefas. O que mais necessita-se numa empresa é de liderança. Na maioria das empresas, o que encontramos hoje é que elas são cerca de 95% gerenciamento e apenas 5% liderança e precisamos ter muito mais equilíbrio aí. Meio a meio certamente seria bom.

Eu acredito no processo que eu chamo de liderança de pico a pico. A antiga afirmação, que você provavelmente já tenha ouvido falar, de que sucesso chama sucesso, não é verdadeira de forma alguma.

A ordem natural da vida é que o sucesso é acompanhado do fracasso. Benjamin Franklin dizia: “O sucesso arruinou o homem.” Winston Churchill dizia: “O sucesso raramente é o final.”

A tendência quando se está no pico é de proteger o que foi feito, não mudar as coisas, não escrever orçamentos, procedimentos ou manuais e não criar problemas.

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As pessoas que são líderes estão sendo inovadoras e criativas e passando por você. De repente você acorda de manhã e não é mais o líder. Na verdade, nem vai estar entre os 20 mais. O que fazer? Mandar embora o diretor executivo, trazer um novo que seja criativo e inovador, voltar a chegar ao topo, protegê-lo e voltar a afundar novamente, demitir as pessoas e assim por diante. A ordem natural da vida são os picos e vales. Como líder, seu papel é o de reinventar a si próprio quando se é o nº 1. Você deve ter a consciência de que, por ser o melhor, tem maior probabilidade de ser bem sucedido. É preciso recriar e alterar o que estiver fazendo e isto é muito difícil.

6. Agregue valor focando nas compe-tências centrais
A próxima prática trata das competências centrais. Precisamos focar nossa atenção nos aspectos que verdadeiramente agreguem valor ao cliente e consequentemente nos dêem posição no mercado. Se não focarmos nas competências centrais e tentarmos fazer de tudo, não teremos tempo de fazer melhorias, de proporcionar liderança e dedicar pico a pico nos aspec-tos que realmente são importantes para o cliente, nos levando ao fracasso.

O desafio é que as empresas terceirizam aspectos que não são de sua competência central, porém elas não têm uma competência central na terceirização. Muitas vezes algumas dizem: “Ok, vamos terceirizar nossa armazenagem e o transporte.” Elas pegam a pessoa que atualmente dirige o transporte e a distribuição e lhe dão a responsabilidade de terceirizar essa tarefa. Esta pessoa pode ser um especialista em transporte e distribuição, mas não é especialista em terceirização e acaba provocando a maior confusão.

E sua empresa acaba gastando mais dinheiro, proporcionando menos serviço ao cliente e gastando mais tempo de gerenciamento para arrumar a confusão do que se tivesse feito internamente.

É absolutamente crucial desenvolver uma competência na terceirização e em seguida cultivar uma relação de terceirização que seja coerente com a cadeia de suprimentos.

7.  Melhore continuamente
O último dos sete hábitos que precisamos adaptar à cadeia de suprimentos total é a melhoria contínua. Nunca podemos parar de lutar pelo próximo patamar de desempenho. Precisamos continuamente passar por estes outros seis hábitos de entender como comunicar, comparar desempenho, avaliar, priorizar, proporcionar liderança e focar em nossas competências centrais e em seguida fazer isso novamente repetidas vezes. A etapa 7 seria retornar à Etapa 1 e fazer tudo novamente. É preciso fazer com mais rapidez, de uma forma mais robusta em um nível maior de detalhe. É difícil porque você estará mudando a forma com que as empresas trabalham.

By IMAM

O IMAM desde 1979 vem publicando conteúdo sobre Logística e Supply Chain