Aprenda em quatro passos como fazer com que o produto passe com rapidez e acurácia pelo processo de expedição
Para agilizar as entregas e manter um alto nível de satisfação do cliente, é preciso ter uma classificação eficiente dentro de sua cadeia de suprimentos. Um número cada vez maior de empresas que lida com uma grande variedade de SKUs (“stock keeping unit”, unidade mantida em estoque) ou embalagens está se capitalizando nas tecnologias de classificação para atender as suas necessidades com mais eficiência.
Muitas empresas estão impressionadas com as inúmeras opções disponíveis e que podem ultrapassar os objetivos dos negócios a curto e longo prazo e, ainda oferecer soluções valiosas para instalações e processos exclusivos.
Selecionando as possibilidades
Os sistemas de classificação tornam-se cada vez mais essenciais em um ambiente onde a variedade de produtos é complexa. Por exemplo, o varejo, a indústria farmacêutica, a entrega de embalagens e os correios sempre têm a classificação necessária. Hoje, os fabricantes também estão percebendo esta necessidade crescente, já que tamanhos de lotes menores com linhas de produtos maiores são muito mais comuns.
Passo 1: analise as necessidades
Existem dois métodos básicos de configuração de uma solução. O primeiro é visualizar a classificação como um processo a ser adicionado nas operações. Também é possível visualizar a classificação como um componente essencial do seu sistema geral especialmente projetado para atender aos seus objetivos de negócios.
O segundo método é muito melhor, já que ele requer uma análise de todo o contexto, como todas as variedades de produtos de todas as linhas e levando em conta as futuras necessidades na equação.
Passo 2: avalie as vantagens
Um sistema de classificação inclui múltiplos elementos que devem operar entre si: transportadores contínuos, identificação dos produtos, fluxo dos produtos e a atividade de classificação em si. Faça uma auditoria completa de planejamento do sistema para determinar as especificações do seu sistema geral.
As restrições operacionais que exigem avaliação podem incluir: o peso dos produtos, tamanho das caixas e embalagens, caixas por minuto, máximo ruído operacional, estética (por exemplo, evitar avarias), espaço e arranjo físico disponíveis no local. Uma análise abrangente do sistema realizada por um integrador de sistemas qualificado será o fator-chave para o desenvolvimento de uma solução bem sucedida e customizada.
Passo 3: determine o nível de automação
Usando as necessidades de seu negócio, determine onde a classificação deverá recair na sequência, desde o semi-manual até a automação completa. Em geral, quanto maior a necessidade de velocidade e acurácia consistentes, mais atraente será a automação.
A automação da classificação deve ser levada em conta quando existirem dois ou mais dos seguintes elementos: ganho (mais de 3.600 artigos por hora); acurácia (99,9%); avarias aos produtos (1% ou menos); eficiência (atender ou ultrapassar as taxas de produção); recursos (minimizar a intervenção humana).
Passo 4: selecione os equipamentos apropriados
Quando a automação for vantajosa, é melhor analisar as estratégias apropriadas de equipamentos e controles em cada uma das três etapas de classificação: Indução, Classificação e Pós-Classificação.
- Etapa 1: indução
O subsistema de indução determina como os produtos chegam na etapa de classificação e ajuda a dar forma ao método geral. A tabela a seguir apresenta algumas considerações para o projeto de indução.
Aspecto |
Exemplos de Tecnologias |
Objetivo |
Identificação dos artigos |
Código de barras; radiofrequência (RFID); câmera (visão por computador) |
A acurácia da classificação começa aqui |
Avanço dos artigos |
Múltiplos transportadores contínuos em um só; otimizador de “gaps” em linhas únicas; singulador; baldeação
|
Transição suave da produção ou entrada até a classificação |
Consolidação dos artigos |
Angular (30°); correia larga (mais de duas linhas consolidadas) |
Afunilamento confiável de múltiplas linhas para as etapas de classificação consolidada para maximizar a eficiência e a utilização dos ativos |
Espaço entre artigos |
Mudanças de velocidade: frenagem, aceleração, desaceleração |
Posicionamento acurado para espaço entre as unidades e alinhamento lado a lado |
- Etapa 2: classificação
O subsistema de classificação inclui uma variedade de tecnologias. A tabela abaixo lista as características-chave dos tipos mais frequentemente usados.
Tipo de classificação |
CPM |
Tamanho da caixa C x L |
Espaçamento recomendado |
Nº de desvios |
Ângulo de desvio disponível |
Velocidades (pés/min.) |
Induções recomendadas |
Custo |
Aplicações típicas** |
Manual |
5 a 15 |
*** |
24 pol. |
*** |
30 a 90° |
Não disponível |
Manual |
O Menor |
1,2 |
Defletor |
10 a 20 |
*** |
3 a 5 pés |
*** |
30° Máx. |
<120 |
BSSE* |
Menor |
1,2 |
Transferência por correia em ângulo reto |
10 a 30 |
*** |
24 pol. |
*** |
30 a 90° |
120 |
BSSE* |
Baixo |
1,2,3 |
Empurrador |
10 a 35 |
24 pol. |
20 pol. |
*** |
90° |
<120 |
BSSE* |
Baixo |
1,2,3 |
Puxador |
10 a 30 |
24 pol. |
24 pol. |
*** |
90° |
<120 |
BSSE* |
Baixo |
1,2,3 |
Desviador com rodízios Tipo “pop-up” |
80 |
9 a 42 pol. X 6 a 27 pol. |
18 pol. |
1 a 10 |
30° |
150 a 300 |
BSSE* BSME BSME-HS |
Baixo Médio Alto |
4 |
Sapata corrediça |
230 |
18 pol. |
12 pol. |
1 a 128 |
20 a 30° |
200 a 600 |
VFD Servo |
Alto |
5, 6 |
Bandeja inclinada |
80 a + de 200 |
2 a 30 pol. |
Não disponível |
1 a mais de 100 |
90° |
450 |
Servo |
O maior |
5, 6 |
Classificador de correias cruzadas |
+ de 200 |
2 a 30 pol. |
Não disponível |
Em média 100 |
45 a 90° |
400 a 600 |
Servo |
O maior |
5, 6 |
*BSSE = Espaçador com freio; BSME = Medidor com Freio; BSME-HS = Medidor com Freio de Alta Velocidade
**Aplicações. 1 = Distribuição em baixa velocidade; 2 = Processos internos à fábrica em baixa velocidade; 3 = Reorientação de embalagens; 4 = Distribuição em velocidade média; 5 = varejo, vendas pelo correio, postal/encomenda; em alta velocidade; 6 = Bagagens, encomendas aéreas em alta velocidade
***Sem limitações
- Etapa 3: pós-classificação
A escolha da tecnologia pós-classificação é crucial para a preparação do produto para a sua próxima parada na cadeia de suprimentos. A seguir estão algumas considerações:
Aspecto |
Exemplos de Tecnologias |
Desafios |
Desaceleração |
Transportadores contínuos por gravidade ou por descarga de energia |
Critico, especialmente com produtos com grande variação de tamanhos e pesos |
Alinhamento de caixas |
Manual; orientação automatizada |
Crítico para paletização e expedição com eficiência |
Sequenciamento de caixas |
Manual; enfileiramento automatizado; classificação ‘follow-on’ |
Crítico para paletização e expedição |
Passo 5: projeto flexível e pré-planejado
A instalação de um sistema de classificação deve ser rápida e flexível para levar em conta os desafios do projeto no local, tais como, um pilar posicionado de forma inconveniente ou uma tubulação vertical de água, gás ou luz.
Múltiplos níveis podem aumentar drasticamente o ganho sem expandir a área ocupada pelo sistema. A engenharia modular oferece instalação mais rápida, melhor integração e maior confiabilidade em comparação a projetos menos flexíveis. Além disso, os componentes pré-planejados podem reduzir drasticamente o tempo de configuração necessário entre a compra e a instalação. Vale notar também que o projeto modular permite rápida expansão ou remoção das funcionalidades à medida que as necessidades forem mudando ao longo do tempo.