Mesmo com as incertezas da economia e aumento da inflação, o mercado de condomínios logísticos nacional segue tendo resultados favoráveis e deve fechar o ano com crescimento de 10% na absorção líquida. De acordo com pesquisa da Colliers International Brasil, a absorção líquida registrada no terceiro trimestre foi de 352 mil m², que somada à absorção dos dois trimestres anteriores já atingiu 80% da registrada no ano de 2013.
O bom momento do mercado de varejo e a continuação do consumo colaboraram para este cenário positivo. De acordo com o CEO da Colliers, Ricardo Betancourt, o amadurecimento do mercado também é determinante. “O conceito de condomínio logístico está consolidado por todo o país, sendo que diversos mercados de médio porte já fazem parte do mapa logístico do Brasil.”
O inventário nacional recebeu 323 mil m² no terceiro trimestre, totalizando 9 milhões e 354 mil m² de condomínios logísticos por todo o Brasil. Os Estados de São Paulo (5 milhões 867 mil m²), Rio de Janeiro (1 milhão e 16 mil m²), Pernambuco (620 mil m²) e Minas Gerais (547 mil m²) são os que possuem a maior concentração de inventário. O segmento permanecerá movimentado no último trimestre desse ano, quando 547 mil m² deverão ser entregues, e em 2015, já que está prevista a entrega de cerca de 1 milhão 100 mil m².
Os preços médios pedidos de locação permanecem estáveis em relação ao último ano, sendo R$ 20,00 m² / mês a média nacional observada no terceiro trimestre. Os maiores valores foram registrados nos Estados do Rio de Janeiro (R$ 25,20 m² / mês) e do Amazonas (R$ 23,50 m² / mês), nos quais a taxa de disponibilidade permanece abaixo do ponto de equilíbrio.
A taxa de disponibilidade dos condomínios logísticos do Brasil apresentou ligeira queda neste período devido, principalmente, à absorção líquida favorável, fechando em 17%, o que representa um decréscimo de 0,92% em relação ao trimestre anterior. As regiões Norte e Centro-Oeste, onde o processo de requalificação do espaço voltado para a logística ainda está em amadurecimento, são as que apresentam as maiores taxas de disponibilidade, 23,9% e 22,6%, respectivamente.
O Sul e o Sudeste, que abrigam a maior parte do estoque, possuem taxas próximas à média nacional, 16% e 17,2%. Já o Nordeste, que vem se desenvolvendo de forma organizada, apresenta a menor taxa de disponibilidade do Brasil, 12,7%. Para o final de 2014, o cenário nacional espera manter a demanda e a estabilidade da taxa de disponibilidade no mesmo patamar do ano passado (18,5%), apesar do aumento do inventário.