Os custos na Eletrobras vêm sendo alvo de medidas de redução desde o último trimestre do ano passado. Essa mudança tem como motivo a renovação das concessões que poderiam afetar a receita da companhia em R$ 5 bilhões, se o governo optasse pela devolução dos ativos. Esse patamar, caso fosse aplicado sob os números de 2011, representaria um impacto de quase 17%, sobre os cerca de R$ 30 bilhões de receita operacional da companhia.
Armando Casado, diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Eletrobras, defende que o governo mantenha o reajuste anual das tarifas de energia elétrica caso a opção se dê pela renovação das concessões. Para o executivo, a desindexação do reajuste da tarifa exigirá a criação de outro mecanismo para que ocorra o ajuste entre a receita e os custos da distribuidora, porque não será possível para as empresas conciliar a sua receita a uma desindexação, uma vez que as parcelas de custos variáveis não são controláveis. Por isso, disse ele, é um caminho natural criar essa nova forma de indexar os custos.