Com o trânsito cada dia pior e os horários de circulação de veículos pesados mais restritos, empresas estão buscando condomínios logísticos que ficam às margens das grandes cidades.
Um exemplo é a Proimport, uma das maiores empresas nacionais do setor atacadista e de comércio exterior que desde 2012 utiliza as instalações do Mega Centro Logístico Itajaí, em Santa Catarina, para concentrar suas atividades de importação, armazenagem e distribuição para todo o País.
Guilherme Araldi, diretor da companhia, destaca os condomínios logísticos como alternativa para otimizar as operações. “Os imóveis estão localizados em pontos estratégicos de escoamento, fugindo de centros urbanos para áreas de fácil acesso às principais rodovias”, explica. Ele lembra ainda que a distribuição de produtos exige atenção, especialmente em relação a cargas com entrega fracionada. “Nesse caso, além das políticas de circulação e das ruas com excesso de veículos, as transportadoras precisam lidar com a dificuldade para encontrar pontos para estacionar. Essa soma de fatores reduz a agilidade e aumenta os custos”, ressalta Araldi.
Além de se beneficiarem com a localização, empresas instaladas em condomínios podem firmar parcerias para transporte e distribuição conjuntos de mercadorias. Com isso, o custo do frete diminui e a quantidade de caminhões que circulam no condomínio também é reduzida, agilizando o deslocamento dos veículos para a carga e descarga de materiais.
Pelo fato de as empresas compartilharem também as despesas com itens como segurança e infraestrutura, esse tipo de empreendimento se torna ainda mais atrativo financeiramente se comparado a um estabelecimento individual. “Essa sinergia gera redução de despesas, maior produtividade, ganho de tempo e melhor nível de serviço a todos”, destaca José Luis Demeterco Neto, presidente da Capital Realty, empresa proprietária dos empreendimentos Mega.