É difícil acreditar que diante de tanta tecnologia surgindo pelo mundo ainda há empilhadeiras a combustão operando nos armazéns, principalmente no Brasil.

São poucas as empresas que oferecem alternativas para a movimentação de cargas. E, as que oferecem, ainda não conseguiram popularizar seus modelos.

 

De cabeça, lembrava de duas marcas que dispõem de modelos híbridos de empilhadeira, porém distintos: a Toyota e a Komatsu. Fiz uma pesquisa simples na internet e qual foi o susto? Nada de novo. Ainda são as mesmas empresas que desenvolvem empilhadeiras alternativas.

 

Os modelos são diferentes, a versão híbrida Komatsu não possui motor a combustão. A máquina é movida a eletricidade e o diferencial é justamente a alimentação da bateria, que ocorre por tração (o movimento da máquina gera a energia que recompõe a bateria).

 

O modelo também possui conexão direta com as fontes de energia, ou seja, para carregar é só conectar a tomada. Isso significa que aquele processo pré-histórico de retirar a bateria da empilhadeira e carregá-la na sala de baterias, com todos aqueles procedimentos, já não é mais necessário.

Por outro lado, a versão híbrida da empilhadeira Toyota utiliza um modelo mais comum. O motor é elétrico e o abastecimento é composto por combustão. A tecnologia é a mesma utilizada no Prius, popular carro híbrido da Toyota. Além de consumir menos combustível e emitir menos GEE (gases de efeito estufa), esse modelo não requer tomada para recarga. Resultado: menos consumo de energia elétrica.

Mas por que essas tecnologias ainda não decolaram?

 

Erro 1: Falta união entre fabricantes ou representantes do setor de empilhadeiras, para exigir políticas tributárias que incentivem a compra de equipamentos menos poluentes e mais sustentáveis. Infelizmente no Brasil, as coisas só funcionam quando há união de grandes empresas. E o setor de empilhadeira, ainda se une sempre para benefício do próprio umbigo. Falta pensar na cadeia como um todo e no futuro das operações de movimentação e armazenagem de materiais.

 

Erro 2: O governo precisa começar a olhar as operações logísticas no geral e não apenas para o transporte de cargas. O carro Prius, híbrido da Toyota, é muito popular no Estados Unidos, principalmente na Califórnia, onde o governo criou políticas para incentivar as pessoas a comprarem o carro. Por exemplo, há dois anos, quem comprasse o Prius não pagava o imposto de compra, nem o que no Brasil nós chamamos de IPVA. E mais: também está livre de pedágio. Com essas medidas, o carro se tornou um dos mais populares. Nas ruas dos EUA é possível encontrar até cinco deles estacionados na mesma rua. O Brasil pode fazer o mesmo com as empilhadeiras e tornar a cadeia logística mais eficiente.

 

Concluindo, o que falta é iniciativa para popularizar essas máquinas. E quem compra também tem responsabilidade nisso, por isso, questione seu fornecedor de empilhadeiras e procure inovar.

 

*Mauricio Miranda

É difícil acreditar que diante de tanta tecnologia surgindo pelo mundo ainda há empilhadeiras a combustão operando nos armazéns, principalmente no Brasil. São poucas as empresas que oferecem alternativas para a movimentação de cargas. E, as que oferecem, ainda não conseguiram popularizar seus modelos.

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By IMAM

O IMAM desde 1979 vem publicando conteúdo sobre Logística e Supply Chain

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