Operações com empilhadeiras

Operações com empilhadeiras

Investir no treinamento dos operadores é essencial para evitar acidentes

 

Os armazéns tornaram-se lugares perigosos para trabalhar. Não é um problema de atitude por parte dos operadores de empilhadeiras: eles reagem às pressões de desempenho movimentando-se o mais rapidamente possível.

Resultado: acidentes pessoais e danos às empilhadeiras que significam prejuízo à produtividade. O pessoal operacional também não é especialmente conceituado: afinal de contas, qualquer pessoa com carteira de habilitação pode dirigir – não pode?

Segundo especialistas em treinamento de empilhadeiras, hoje não existe esse conceito de uso eventual do equipamento. Mesmo que um operador só use uma empilhadeira ocasionalmente, é necessário o treinamento. A legislação estabelece que qualquer pessoa que use uma empilhadeira precisa ser treinada adequadamente.

As empilhadeiras hoje são projetadas para serem mais seguras e, ao mesmo tempo, mais eficientes. Recursos e benefícios melhores e mais seguros estão sendo incorporados às empilhadeiras. As empilhadeiras com nivelamento automático, por exemplo, têm um sistema automático que economiza vários segundos a toda hora, se compararmos com a necessidade de posicionar manualmente o mastro na perpendicular.

 

Dois segundos podem não parecer muito, mas ao longo de um turno de trabalho estendido, uma empilhadeira teria que ser 25% mais rápida para oferecer um desempenho comparável – e a empilhadeira mais rápida não é nem mais segura e nem a mais produtiva. Os avanços nos últimos, cinco anos foram muitos em relação à precisão: movimentação em áreas restritas, carregamento mais acurado, raios de giro menores e máquinas mais estreitas para uso em armazéns e centros de distribuição com corredores muito estreitos. Os armazéns são projetados e organizados para serem produtivos, porém são o ambiente onde as empilhadeiras operam, por isso faz sentido que os projetos das empilhadeiras e das instalações andem de mãos dadas.

O pessoal de vendas não deve aprender apenas sobre empilhadeiras: o treinamento também cobre o projeto do armazém e das operações, por isso eles têm afinidade e conhecimento das limitações e considerações dos projetos dos armazéns. A pressão para minimizar o estoque significa que os produtos devem ser movimentados pelo armazém com rapidez – a expressão máxima deste objetivo é o crossdocking, que não estoca absolutamente nada. O conceito vem da filosofia da manufatura enxuta aplicada ao armazém (“lean warehouse”).

O setor de distribuição visa a manutenção de um estoque mínimo, por isso a tendência é manter o menor volume possível. Nem todas empresas mudaram para os prestadores de serviços logísticos com crossdocking altamente eficientes. Onde existem armazéns de estruturas porta-paletes, a tendência é usar o projeto de corredores muito estreitos. Porém devido aos riscos associados aos corredores muito estreitos (ou seja, não dá para ir a nenhum lugar) o acesso dos pedestres sempre foi restrito.

 

Este risco de segurança sempre foi reconhecido. A maioria dos incidentes e acidentes com movimentação de materiais são em locais de estocagem mais baixos. Os armazéns menores provavelmente pertencem e são operados por empresas menores, que são menos propensas a terem operadores de empilhadeiras dedicados e em tempo integral e mais provavelmente têm restrições de custos mais rígidos. São elas que têm a maior necessidade de treinamento, porém têm os menores recursos.

 

A gerência deve adotar medidas para garantir o cumprimento da legislação, porém há muito mais o que fazer para imprimir uma cultura de segurança em seus funcionários.Todas as empresas têm suas próprias instalações de treinamento de operadores e instrutores. Elas podem cobrir tudo, desde o treinamento básico, para o operador que não tem nenhuma habilidade e daí em diante.

 

O treinamento é feito fora do local de trabalho e vale a pena destacar que os operadores devem ser certificados antes de usarem os equipamentos – e só podem usar os equipamentos para os quais foram treinados. O treinamento nas empilhadeiras de mastro retrátil não qualifica o operador para trabalhar em uma selecionadora de pedidos: eles precisam de treinamento em cada tipo de equipamento que irão usar.

 

Além do treinamento básico, deve-se oferecer treinamento específico no trabalho, incluindo o conhecimento do local onde vai operar, o uso de acessórios especiais e o treinamento de familiarização, para os operadores experientes ampliarem suas habilidades. É importante também escolher as pessoas certas para o trabalho. Algumas pessoas não conseguem coordenar direção com a operação dos garfos, portanto não devem ser selecionadas para trabalhar com empilhadeiras. Uma empilhadeira é mais complexa se de operar do que um carro.

 

Entretanto, embora o treinamento tenha assumido um papel mais proeminente – e ajudado na segurança do local de trabalho – o projeto da empilhadeira é a principal contribuição dada para a segurança. Isso não tem a ver com cantos mais suaves ou alarmes de proximidade, embora eles também sejam úteis. Uma empilhadeira fácil de operar é menos cansativa e portanto mais segura.

By thais

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