Cadeia limpa: edição junho/2010

Cadeia limpa: edição junho/2010

Depois de um período de férias forçadas do blog (e só do blog, porque nós da redação estávamos trabalhando feito doidos para produzir as edições especiais de INTRALOGÍSTICA), preciso atualizá-lo com as últimas edições da série de sustentabilidade na logística, que já está na sexta edição.

Neste post, a bola da vez é a reportagem da revista de junho: “Uma cadeia limpa”, que mostrou como os paletes de madeira podem ser encarados como embalagens sustentáveis.

Diferentemente do que muitos imaginam, o consumo de madeira já não é o grande vilão do desequilíbrio ambiental, pelo contrário, desde que as áreas de reflorestamento passaram a alimentar a indústria, provou-se que esse mercado contribui para a redução do GEE (gazes de efeito estufa). Só para se ter ideia, o Brasil possui 6,7 milhões de

hectares de área de reflorestamento, principalmente de eucaliptos e pinus.

O fato de ser quase 100% composto de material orgânico faz com que a produção e o uso dos paletes de madeira não agridam o meio ambiente. E mesmo os agentes químicos opcionais ou obrigatórios, como o tratamento fitossanitário e a pintura do palete já possuem procedimentos menos agressivos, como o uso de tinta atóxica.

Na reportagem, inclusive, fabricantes e fornecedores de paletes, como ChepCia. do PalletsEmbalatecFort PaletesJosé BráulioMatraRipack, explicam cada etapa da cadeia do palete e o quanto a embalagem favorece a sustentabilidade.

Por falar em entrevistados, veja um trecho do “Bate papo sustentável” que tive com Marcelo Canozo, presidente da Abrapal (Associação Brasileira de Paletes PBR) e também diretor da Fort Paletes:

Qual a política da Abrapal para garantir a responsabilidade socioambiental dos fabricantes de paletes de madeira?

Marcelo Canozo: Embora não tenhamos um trabalho específico nessa especialidade, exigimos que as empresas credenciadas na associação tenham cadastro ambiental e recomendamos que a produção siga normas sustentáveis, como a aquisição de matérias-prima de reflorestamento.

O palete de madeira já foi acusado de incentivar o desmatamento. Qual posição da Abrapal em relação isso?

Marcelo: Mais de 93% dos paletes produzidos no País, cerca de 10 milhões ao ano, são provenientes de madeira de reflorestamento, sem contar que a fabricação é limpa, tem baixo consumo de energia e não utiliza componentes químicos. Além do mais, o produto final é reciclável e pode ser convertido em biomassa, material utilizado como combustível para indústrias.

*Mauricio Miranda

 

By IMAM

O IMAM desde 1979 vem publicando conteúdo sobre Logística e Supply Chain