Os produtores do Mato Grosso do Sul vão ter o apoio do Governo do Paraná para escoarem a safra de grãos pelo Porto de Paranaguá, sem enfrentar filas e de maneira mais ordenada. Durante um encontro em Campo Grande, o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, mostrou aos representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e do governo estadual, os planos logísticos para receber a safra paranaense e também do resto do Brasil.
Na reunião o secretário disse que o Paraná trabalha com planejamento de mais de um ano de antecedência para definir a logística de escoamento da safra que vai ao porto. Richa Filho aproveitou o encontro para anunciar que a Ferroeste já tem autorização para subconceder a operação de transporte de grãos, agilizando o processo de criação do novo ramal ferroviário entre Maracajú (MS), Paranaguá e o futuro porto de Pontal do Paraná.
“Com a ferrovia que ligará Mato Grosso do Sul ao Porto de Paranaguá pronta em cinco anos, o escoamento das safras agrícolas terá custo reduzido, valorizando a produção brasileira”, disse Richa Filho.
A notícia agradou os sul-matogrossenses. “A maior parte da nossa safra é escoada pelo Porto de Paranaguá, por isto esta reunião é estratégica”, disse o governador André Puccinelli. Ainda de acordo com Puccinelli, a integração não deve se prender apenas à consecução de ferrovias, mas sim a toda logística. “Para o que for colocado no frete FOB (Free on Board), as nossas commodities embarquem com menos custo de chegada”, explicou.
De acordo com superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino, o Porto tem como meta reduzir as filas de acesso ao porto em 35% nos próximos seis meses; reduzir o prêmio negativo ao produtor – deságio que o preço da saca de grãos sofre ao embarcar relacionado com a cotação da soja na Bolsa de Chicago; abrir novos espaços para transferência de cargas; licitar novos terminais portuários em 2013 e estabelecer terminais privados no Paraná até 2016/17, entre outras medidas.