Operadores logísticos e clientes conseguem estabelecer parcerias positivas para ambos.
Depois de mais de uma década de contínuo crescimento no mercado, o segmento de operadores logísticos (formado por muitas ex-transportadoras) não para mais de crescer. Não é só o eixo Rio – São Paulo ou a região dos centros de distribuição de logística nacional (área compreendida entre Jundiaí e Campinas). Recife e Goiânia, além do tradicional triângulo mineiro, são exemplos. O que era no início a “onda” da terceirização – externar tudo que não era o “core business” de uma empresa – tornou-se uma extensão dos negócios, pois áreas cobertas e terrenos passaram de um dia para o outro a dar lugar à expansão fabril.
Mas houve e ainda existem os oportunistas, clientes que terceirizam com o propósito de redução de custos. Mas como ninguém faz “nada de graça”, o que geralmente acontece é que três meses após o contrato assinado ocorre a sua primeira revisão, com as chamadas “surpresas” não acordadas. O preço eleva-se e, enquanto se discute o reajuste, o nível de serviço cai. Há ainda casos de internalização, quando o litígio entra na esfera jurídica, pois os operadores logísticos fazem investimentos que somente serão amortizados em “x” anos. Funcionários são demitidos e, de uma hora para outra, o cliente tem que contratar um galpão ou outro operador logístico para dar continuidade às suas operações. Já houve casos de operadores que assumiram os funcionários do cliente e, como as atividades são conflitantes nos propósitos finais, acarretou uma enxurrada de processos trabalhistas, que se arrastou por anos na justiça.
Extraindo estas más terceirizações, a maioria dos operadores logísticos soube se adaptar às necessidades dos clientes e vice-versa, constituindo-se verdadeiras parcerias. Os operadores logísticos oferecem cada vez mais serviços que agregam valor ao cliente, tais como embalagem, etiquetagem, montagem de kits, etc. Por outro lado, há também os operadores logísticos que não fazem muita questão de manter o cliente sobre acordos de nível de satisfação, e substituem seus funcionários por outros, do próprio cliente, com salários mais baixos.
Imagine estas pessoas convivendo com outros funcionários (ex-colegas) num mesmo ambiente. Aí não resta outra alternativa a não ser cancelar o contrato.