O investimento de R$ 110 milhões da OBRAMAX é parte da estratégia do grupo francês que planeja investir no Brasil, nos próximos 5 anos, R$ 1 bilhão em 10 novos “Atacarejos da Construção” (modelos de negócios de materiais de construção que já são sucesso no exterior, com os nomes de Bricoman/Bricomat).
Embora o conceito por trás destes investimentos seja do “atacarejo”, modelo de negócios do setor supermercadista que cresceu com a “crise”, pois o termo foi estabelecido para designar as lojas que operam com características de galpões, sem grandes investimentos em acabamentos e decoração do local e com preços mais baixos, a OBRAMAX foi concebida com este conceito, mas com um design de galpão e um bom gosto que transforma o “atacarejo” em um ambiente cada vez mais organizado, prático e também visualmente bonito, como pode-se observar nas fotos desta reportagem.
A OBRAMAX objetiva atrair o interesse dos profissionais que buscam praticidade e que compram altos volumes de materiais de construção. Assim, o mesmo processo que aconteceu com os supermercados, onde o Atacadão e Assai cresceram acima da média, os materiais de construção começam a explorar este nicho. A Revista Logística & Supply Chain, esteve presente na inauguração em janeiro de 2018 e conferiu o espaço de 10 mil metros quadrados, localizado no bairro da Moóca, na Avenida do Estado, que foi desenvolvido com um conceito logístico que se aproxima dos principais clientes e facilita todo o processo de aquisição.
O Layout é organizado por categorias e os acessos e circulação combinam operações de separação manuais, bem próxima a realizada no varejo, com operações de separação de itens e grandes quantidades, com apoio de veículos selecionadores de pedidos, manipuladores a vácuo para redução de esforços de manuseio, pórticos rolantes, empilhadeiras e carrinhos maiores para facilitar toda a operação. O CEO da OBRAMAX, Michael Reins, destacou para a Revista Logística & Supply Chain que foi desenvolvido um corredor logístico que divide a loja em 2 grandes áreas (itens maiores e pesados e itens de mais fácil manuseio). “Garantir uma entrega rápida aos clientes demandou uma análise detalhada de processos logísticos e o treinamento de toda a equipe para que a estratégia de entrega “D+1” pudesse ser alcançada”, finaliza Michel.
É claro que, para grandes itens e volumes adquiridos, parte da operação, o cliente pode acessar com seu próprio veículo, acessando corredores largos e bem demarcados, onde o fluxo de materiais e de informações foram desenhados para aumentar a qualidade, produtividade, segurança e controle da operação.
SOLUÇÃO COMPLETA
Como parte de todo este investimento, o Grupo Adeo lançou também em dezembro – na Marginal Tietê, em São Paulo, a sua marca Zôdio que integra produtos domésticos, de decoração e gastronomia. O objetivo é a oferta completa para a casa, ou seja, já fica claro que o conceito vai aumentar a oferta e a competitividade em um mercado que conta com empresas como Etna, Tok&Stok, D&D, Interlar etc.
Por Eduardo Banzato, diretor da IMAM Consultoria