Há mais de 20 dias, navios que aguardam para atracar no corredor de exportação do Porto de Paranaguá desistem por falta de carga. O problema começou a se intensificar na semana passada e persiste. Com o tempo bom, o Corredor de Exportação embarca diariamente entre 60 e 80 mil toneladas, podendo chegar a uma capacidade máxima de escoamento de 100 mil toneladas por dia.
Nesta segunda-feira (27), durante a reunião de atracação, foi decidido atracar um navio que tinha apenas 30% da carga disponível sob condição de ser desatracado assim que terminar de carregar e entrar novamente na espera até que o restante da sua carga chegue à cidade. Até então, estavam disponíveis nos armazéns que compõem o corredor de exportação 445 mil toneladas de grãos – sendo a maior parte deles composta pelo milho que está no pico do escoamento atualmente.
“Os navios vêm a Paranaguá sem estar com a carga negociada porque eles preferem posicionar aqui o navio e esperar a chance de embarcar. Isso explica que esta fila é abstrata: o navio está aqui, mas não tem carga para embarcar. O fato de termos 33 navios aguardando não significa incompetência na nossa operação e esta situação comprova isso”, afirma o superintendente dos portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino.