Cintas

Analise os problemas com as amarrações e como superá-los

Cintas

Um dos métodos mais frequentemente  usados  para  se  conectar uma carga a um equipamento de elevação  é  através  de  lingas  de uso geral.
Se  tivermos  sorte,  a  carga  poderá ter  um  olhal  grande  o  suficiente  para engatar diretamente no gancho da lin-ga ou aceitar uma manilha que, por sua vez, engatará no gancho da linga. Se a perna  da  linga  também  estiver  em  li-nha reta no que diz respeito à geome-tria da elevação, a aplicação será mui-to  simples.  As  complicações  começam quando  a  linga  é  envolvida  na  carga ou passa por ela, ou quando a perna da linga encosta na carga e não consegue manter a carga em linha reta.
A embalagem é usada por dois motivos  principais:  para  proteger  a  carga contra avarias provocadas pelas lingas e para proteger as lingas contra danos provocados pela carga. O primeiro tal-vez seja razoavelmente óbvio, porém é este último que será tratado aqui. A  embalagem  apropriada  depende da  carga  levantada  e  do  tipo  de  linga usada. As lingas não metálicas correm o risco de serem cortadas quando carregadas  sobre  um  canto  vivo,  e  não  é preciso  nem  ser  um  canto  afiado.  Um canto afiado corta uma linga de material têxtil, mas o canto de pequeno raio de  uma  seção  de  aço  laminado  ou  de um painel de concreto é afiado o suficiente para reduzir significativamente a carga máxima de ruptura.
Se  for  usada  uma  corrente  sobre um canto vivo, ela formará uma ponte natural  com  um  elo  através  do  canto, mantida afastada por cada lado do elo. Entretanto,  se  o  ângulo  for  mais  agudo, o elo através do canto fará contato e estará sujeito a uma grande carga de  flexão.  Se  o  canto  for  vivo,  poderá ocorrer  um  entalhe  no  elo.  O  cabo  de
aço  precisa  de  um  raio  absoluto  pelo menos  igual  ao  de  seu  próprio  diâme-tro – mas isso ainda resultará em deformação  permanente  do  cabo.  O  ideal  é o raio ser pelo menos quatro vezes seu próprio diâmetro.
Por isso, seja qual for o tipo de linga, a primeira exigência para a embalagem é que ela deverá oferecer raio suficiente para evitar o corte ou entalhe da linga e não reduzir a carga de ruptura abaixo de 0,8 da carga de ruptura mínima na tração em linha reta.
As lingas sintéticas e os outros tipos de lingas planas, tais como as fabricadas com malha de aço ou trançadas a partir de cabos de aço de pequeno diâmetro, devem ter a carga uniformemente dis-tribuída ao longo de sua extensão. Isso normalmente não é problema quando a linga fica em volta do canto reto e per-pendicular a ele. Entretanto, se o canto for desigual ou a linga estiver inclinada, um lado da linga assumirá a maior parte da carga e começará a rasgar por esse lado. Uma vez iniciado o rasgo, o rompimento  repentino  é  iminente.  A segunda  exigência  para  a  embalagem é, portanto, garantir que a carga esteja corretamente distribuída na linga.
Ao  se  formar  um  laço  tipo  forca, especialmente  com  um  meio  flexível como o cabo de aço, existe normalmen-te bastante movimento à medida que a tensão  aumenta  e  o  laço  aperta.  Se  o cabo estiver flexionado em volta de um canto,  ele  poderá  se  deformar  perma-nentemente  e  se  enganchar  no  canto, evitando uma tensão uniforme em tor-no da carga.
Um efeito similar foi observado du-rante o teste da linga de cabo de poli-propileno, provocando desequilíbrio da tensão  entre  as  partes  até  o  ponto  de ocorrer um rompimento prematuro.
O laço tipo forca é usado em geral como meio de prender a carga. Por con-sequência,  embora  a  embalagem  deva permitir  a  movimentação  para  ajustar o laço à medida que a tensão aumenta, uma vez sob tensão, a linga não deverá evitar que a carga fique presa.

Fita

Ao levantar feixes de materiais tais como  vergalhões  de  aço,  o  operador é  quase  sempre  visto  batendo  no  laço para  apertar  o  feixe.  Essa  é  uma  pés-sima  prática  que  aumenta  ainda  mais a  tensão  no  ponto  de  estrangulamen-to. Além disso, ela deixa de prender o
material imediatamente abaixo do laço.
É  muito  melhor  usar  uma  linga  maior e envolver totalmente a carga antes de enganchá-la de volta no laço.
Os  materiais  usados  para  emba-lagem  são  invariavelmente  sujeitos  a cargas de esmagamento e, se transpuserem  uma  superfície  irregular,  também estarão sujeitos à flexão. Materiais inadequados podem piorar a situação e na realidade se tornar um risco em vez de eliminá-lo. Materiais que esmagam ou  desmontam  podem  dar  origem  a cargas de impacto e saírem da posição bruscamenteDessa forma, o que torna a embala-gem adequada? Vários produtos de sé-rie fabricados para essa finalidade estão disponíveis,  junto  a  projetos  simples
para  fabricação  de  itens  que  se  adap-tam ao trabalho em questão. Em especial, existem protetores de cantos para lingas de tecido trançado, onde a linga é passada através do protetor permitindo certo movimento, mas prendendo-o no lugar.
Cantos  de  aço  similares  que  ofere-cem um raio adequado podem ser fabricados para as lingas de cabos de fibra e cabos de aço. Para as operações de ele-vação repetitivas, sua facilidade de uso e maior eficiência mais do que cobrem o custo adicional.

Quando  não  forem  justificados acessórios  especiais,  poderá  ser  usado material  de  embalagem  mais  geral.  A madeira vem sendo muito usada, porém é preciso cautela. A linga deverá passar ao  longo  da  orientação  dos  grãos  e  a madeira  deverá  ser  de  seção  adequada para  evitar  que  ela  rache  ou  esmague.
Também poderá ser necessário prendê-la  no  lugar  por  outros  meios  até  que seja segura pela tensão na linga. É potencialmente perigoso deixar que o ope-rador segure, e isso deve ser evitado.
Um  outro  material  adequado  é  a borracha a partir de seções de pneus ve-lhos de veículos ou correia transporta-dora. Ela tem a vantagem de ser flexível e menos propensa a rachar ou escapar do que a madeira.
Saber como os diversos tipos de lin-gas se comportam em seus vários modos de uso e como os riscos que ocorrem a partir  desse  uso  podem  ser  eliminados ou reduzidos a um nível aceitável com uma  embalagem  adequada  é  uma  das habilidades  principais  do  operador.
Esse é um problema que exige atenção especial dos responsáveis pela seguran-ça das operações de elevação.

By IMAM

O IMAM desde 1979 vem publicando conteúdo sobre Logística e Supply Chain

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