Outro dia, enquanto participava de um treinamento no Parque Ibirapuera, na capital paulista, notei que o prédio da Bienal estava em manutenção. Em meio às movimentações, era impossível não perceber o uso incorreto de uma empilhadeira. Na foto, observa-se que o veículo de movimentação foi adaptado para elevar um profissional até a área superior do teto. Além de utilizar andaimes sobre os garfos, algo que qualquer fabricante de empilhadeira condena, o operário não tinha equipamento de segurança, indicado para esse tipo de operação. Ou seja, risco duplo: o andaime poderia se soltar do garfo ou o próprio operário poderia escorregar. Por sorte, durante o tempo que estive lá, não ocorreram acidentes, mas a queda não seria de menos de quatros metros, o que poderia ocasionar lesões graves.
Diante de tantas discussões e estudos sobre segurança no trabalho é difícil acreditar que empresas ainda vivam de improvisos. Ou, na pior das hipóteses, que ainda pensem em economizar recursos para garantir um orçamento competitivo, mesmo em detrimento à segurança e à qualidade de vida do profissional – feito insustentável para a economia.
Se a empresa não estava ciente da atitude dos operários, fica evidente que faltou treinamento, normas rígidas e, principalmente, equipamentos apropriados, inclusive bastante ofertados no mercado brasileiro de movimentação.
Por isso vale a dica: para ser uma companhia sustentável é fundamental proporcionar um ambiente seguro aos profissionais.
*Mauricio Miranda