Tendências 2012 Consultores da IMAM fazem suas apostas para a logística Como será o ano de 2012 e as tendências futuras para a lo-gística e suas áreas? Quais as tendências em produtos e servi-ços logísticos? Profissionais da IMAM consultoria traçam, nesta reporta-gem, um panorama do que deve acontecer no segmento baseados na própria vivência deles em projetos em empresas de todos os portes e atividades em todo o País. o resultado você confere a seguir. Para contextualizar a análise das tendências para o segmento de serviços logísticos para 2012 são necessárias algumas previsões sobre os rumos da economia para o período: crescimento do Produto interno Bruto (PiB) de 3,3% em 2012; crescimento industrial de 4%; Consultores da IMAM fazem suas apostas para a logísticataxa cambial estável em r$ 1,75 por dólar e investimentos estrangeiros da ordem de Us$ 52 bilhões. Nesse cenário de razoável cresci-mento, a exemplo do que ocorreu este ano, podemos considerar, em boa parte, que teremos em 2012 uma replicação de 2011 quanto à expansão dos serviços logísticos, que devem crescer a uma taxa entre 8% e 10%. este maior crescimento é refletido basicamente pela tendência de terceirização de atividades logísticas, principalmente armazenagem e serviços de valor agregado, verificada nos últimos anos, e que deve se manter em 2012. esse setor tem tido um crescimento real em torno de 5% ao ano pelas nossas análises. sem solavancos maiores na economia, como previsto pela estabilidade cambial, o mercado tende a manter a inércia atual no que se refere ao crescimento econômico.em relação às tendências operacionais, podemos destacar o aumento do investi-mento das empresas prestadoras de ser-viços logísticos em sistemas automatizados de armazenagem e separação, como tran-selevadores, miniloads e sorters, na busca de ganho de agilidade nas operações (foco na melhoria do nível de serviço ao cliente). Vale ressaltar que o ganho de escala que os fabricantes desses equipamentos têm tido no mercado brasileiro está barateando a implantação de soluções automatizadas. atualmente, o retorno médio de um inves-timento em sistemas automatizados se dá entre quatro e cinco anos. Prevemos assim, um crescimento mí-nimo de 10% do segmento em 2012, basea-do em maior escala nos investimentos em automação e tecnologia de informação. Automação na movimentação e armazenagem de materiais O acirramento da concorrência/competitividade obrigou a melhoria da qualidade, a fabricação de lotes menores, o que implica a flexibilização da fábrica (sistemas flexíveis de manufatura) para possibilitar entregas com prazos menores e, em paralelo, a necessidade de redução de perdas e a consequente redução de custos; A mão de obra, cujo custo deve ser levado em conta; porém também devem ser considerados os aspectos relativos à qualificação, segurança, insalubridade, ao esforço físico/ergonomia, à produtividade, além das questões trabalhistas e sindicais; Os equipamentos mais automatizados muitas vezes nos levam a pensar apenas na redução de custos diretos, porém existem outros aspectos, como a confia-bilidade, ajustes/setup, registros e fluxos de informações/monitoramento, aprovei-tamento (horas/dia, dia/semana, etc.); Mesmo sendo bastante complexos, vemos para 2012 as empresas investirem em processos de tomada de decisão para a escolha dos equipamentos e níveis ade-quados para automação devendo avaliar todos os pontos citados acima, e buscar o menor custo possível e a melhor taxa de retorno sobre o investimento (ROI) e, simultaneamente, com o melhor nível pos-sível de serviço/atendimento ao cliente. Embalagens Outro aspecto é a adequação dimen-sional das embalagens nas diferentes etapas da cadeia de suprimentos. Em 2012 observaremos as empresas inves-tirem em embalagens e contentores com maior capacidade para transporte em grandes distâncias e contentores pequenos e flexíveis para manuseios e operações em postos de trabalho. Embalagens inteligentes com etique-tas RFID são outra tendência que iremos presenciar em 2012 e que viabilizam a informação mais precisa em tempo real. Veículos industriais Continuaremos a presenciar em 2012 a substituição das empilhadeiras, para ven-cer distâncias na horizontal, por veículos mais simples e econômicos em movimen-tação de materiais, liberando as empilha-deiras para atividades mais específicas. Existe também uma tendência de utilização de sistemas de automatiza-ção dos veículos industriais (tecnologia embarcada), transformando as empilha-deiras e transpaletes em veículos mais automatizados e eficientes. Outra tendência é a utilização de empilhadeiras que operam em corre-dores estreitos e conseguem, também, alta verticalização e, consequentemente, alta densidade. São vários modelos, que se adaptam a diferentes ambientes de trabalho, com destaque para as empi-lhadeiras articuladas. Uma outra tendência, ainda não para 2012, mas em estudos, é o inves-timento em novas tecnologias para energia tracionária, como, por exemplo, as células de combustível para as empi-lhadeiras elétricas. Transportadores contínuos Em 2012 devemos viabilizar em nossos projetos um número maior de soluções com transportadores contínuos em fábricas e nos processos internos de centros de distribuição, cada vez mais integrados às operações de intralogísti-ca, reduzindo oportunidades de erros e melhorando a ergonomia. Armazenagem As fábricas também estocam produtos acabados, entretanto essa operação já é reconhecida como uma etapa da distri-buição ao mercado e daí surge a figura dos centros de distribuição, que podem ser descentralizados pelo País, a fim de garantir uma rápida resposta aos clientes. Temos visto nestes últimos anos um crescimento da verticalização e automa-ção da estocagem em função do aumento do valor dos terrenos e prédios, princi-palmente nos grandes centros. O preço médio da locação vem su-bindo ano a ano, em função da redução da taxa de vacância e da alta e rápida absorção das novas ofertas, em média de três a cinco meses. Portanto, com o aumento do custo de aquisição e aluguel de prédios impac-tando nos custos logísticos, a tendência é de verticalização com ênfase para os transelevadores. Existe também a tendência de utiliza-ção de sistemas automáticos de estocagem, tais como: mini-loads, para embalagens menores; e carrosséis/“vertical shuttle” para itens pequenos. Também deve crescer a utilização de sistemas de automação, que, apesar de ainda contarem com a interfe-rência do homem, ajudam a aumentar a sua velocidade e produtividade, tais como: sistemas “picking by light”, “put to light”, “picking by voice”, dispensadores automá-ticos, entre outros. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Cadeia de suprimentos do futuro
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