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industria4 0O poder midiático alcançado pela Indústria 4.0 é tão relevante que abre novas janelas de oportunidades para milhares de tecnologias que, embora já existentes há anos, não conseguiam espaço suficiente para mostrar seu valor.

Atualmente, basta associar determinada solução ao universo 4.0 que profissionais ao redor de todo o mundo disponibilizam tempo em suas agendas para aprender cada vez mais sobre as “modernas” tecnologias.

Tecnologia transformada?
Inúmeras iniciativas tecnológicas ao redor do mundo, incluindo o Brasil, têm se mostrado cada vez mais viáveis técnica e economicamente. E, ao analisar a situação “antes e depois” da adoção da tecnologia, fica a impressão que é a mesma é a principal força motriz das grandes transformações e é justamente esta percepção que gera ainda mais interesse alimentando assim o efeito “bola de neve”.
Mas, neste contexto, dedique um tempo para analisar melhor e refletir a respeito dos processos de transformação que obtiveram êxito (sucesso) e/ou aqueles que fracassaram em tentativas de se adotar tecnologias “modernas”.

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Origens das tecnologias “4.0”
É curioso observar as diferentes maneiras de como a tecnologia é percebida. Em determinados casos, soluções relativamente “antigas”, por exemplo, os milhares de robôs adotados nos centros de distribuição da gigante varejista, Amazon, que embora já existem há aproximadamente 20 anos, são tratados como tecnologias “modernas”. Por outro lado, é incrível perceber que uma empresa que inviabilizou uma determinada tecnologia há mais de 10 anos, continue acreditando na inviabilidade da mesma, ignorando completamente a evolução tecnológica e as novas variáveis a que estamos submetidos atualmente.

Muitos jovens certamente não vivenciaram, nos 1980’s em diante, no Brasil e no exterior, os desafios dos projetos de análise de viabilidade e implementação de veículos autônomos, já tradicionais desde aquela época. Certamente, colegas meus, profissionais da área, com um pouco mais de idade, já vivenciaram tais experiências bem antes desta época, pois a tecnologia dos veículos autônomos (AGV’s – “Automatic Guided Vehicles”) vem dos anos 1960’s.

Desta forma, mesmo que você não tenha vivenciado tais experiências, vale conhecer suas origens e sua evolução, para compreender melhor as tendências tecnológicas. Observe o mapa a seguir que apresenta algumas Tecnologias 4.0 com suas respectivas “origens” e observe que, embora o termo “4.0” tenha sido cunhado a partir de um projeto do governo alemão, em 2011, praticamente todas as tecnologias associadas a essa “revolução” derivam bem antes disso.

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Links que podem ser úteis para melhor compreensão das tecnologias 4.0

1920: ROBÔS: “O termo “Robot” foi aplicado pela primeira vez como um termo para automação em 1920, pelo escritor tcheco, Karel Čapek. No entanto, Josef Čapek é que foi nomeado pelo seu irmão, Karel, como o verdadeiro inventor do termo robô. A palavra ‘robô’ em si não era nova, tendo sido usada na língua eslava como robota (trabalho forçado), um termo que classificava os camponeses obrigados ao serviço compulsório sob o sistema feudal amplamente difundido na Europa do século XIX. A história fictícia de Čapek postulava a criação tecnológica de corpos humanos artificiais sem almas, e o velho tema da classe robótica feudal encaixava-se na imaginação de uma nova classe de trabalhadores artificiais.”
https://en.wikipedia.org/wiki/Robot

1920: DRONES: “O termo “drone”, mais utilizado pelo público, foi cunhado em referência à aeronave remotamente usada para a prática de disparos de canhões de batalha e o termo foi usado pela primeira vez em aeronaves dos anos 20 e 1930.”  https://en.wikipedia.org/wiki/Unmanned_aerial_vehicle

1943: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: “O estudo do raciocínio mecânico ou “formal” começou com filósofos e matemáticos na antiguidade. O estudo da lógica matemática levou diretamente à teoria da computação de Alan Turing, que sugeriu que uma máquina, ao embaralhar símbolos simples como “0” e “1”, poderia simular qualquer ato concebível de dedução matemática. Junto com as descobertas simultâneas em neurobiologia, teoria da informação e cibernética, isso levou os pesquisadores a considerar a possibilidade de construir um cérebro eletrônico. Turing propôs que “se um humano não pudesse distinguir entre respostas de uma máquina e de um humano, a máquina poderia ser considerada “inteligente”. O primeiro trabalho que agora é geralmente reconhecido como de IA – Inteligência Artificial foi o projeto formal de 1943 de McCullouch e Pitts para os “neurônios artificiais” completos de Turing.” https://en.wikipedia.org/wiki/Artificial_intelligence

1945: RFID: “Em 1945, Léon Theremin inventou um dispositivo de escuta para a União Soviética que retransmitia ondas de rádio. As ondas sonoras vibravam um diafragma que alterava ligeiramente a forma do ressonador, que modulava a frequência de rádio refletida. Embora este dispositivo fosse um dispositivo de escuta secreto, em vez de uma etiqueta de identificação, é considerado um antecessor do RFID porque era passivo, sendo energizado e ativado por ondas de uma fonte externa.” https://en.wikipedia.org/wiki/Radio-frequency_identification

1947: SIMULAÇÃO: “O primeiro jogo de simulação pode ter sido criado em 1947 por Thomas T. Goldsmith Jr. e Estle Ray Mann. Este foi um jogo simples que simulou um míssil sendo disparado contra um alvo. A curva do míssil e sua velocidade podiam ser ajustadas por meio de botões. Em 1958, um jogo de computador chamado “Tennis for Two” foi criado por Willy Higginbotham, que simulava um jogo de tênis entre dois jogadores que podiam jogar ao mesmo tempo usando controles manuais e exibido em um osciloscópio.” https://en.wikipedia.org/wiki/Simulation

1950: VEÍCULOS AUTÔNOMOS: “O primeiro AGV – Veículo Automaticamente Guiado foi lançado no mercado na década de 1950, pela Barrett Electronics de Northbrook, Illinois, e na época era simplesmente um rebocador que seguia um fio no chão ao invés de um trilho. Dessa tecnologia surgiu um novo tipo de AGV, que segue marcadores UV invisíveis no chão. O primeiro sistema desse tipo foi implantado na Willis Tower (antiga Sears Tower) em Chicago, Illinois, para entregar correspondência em todos os seus escritórios.” https://en.wikipedia.org/wiki/Automated_guided_vehicle

1950: INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS: “Muitas das principais empresas do mundo estão desenvolvendo um novo modelo de organização industrial baseado na integração de sistemas. Em vez de executar todas as tarefas produtivas internamente, as empresas estão criando os recursos para projetar e integrar sistemas, enquanto gerenciam redes de fornecedores de componentes e subsistemas. A integração de sistemas evoluiu de suas origens militares baseadas em engenharia nas décadas de 1940 e 1950 para uma capacidade estratégica moderna em uma ampla variedade de setores.” 
https://www.researchgate.net/publication/5212545_Systems_Integration_A_Core_Capability_of_the_Modern_Corporation

1968: REALIDADE AUMENTADA: “Embora existam relatos da aplicação da tecnologia antes do anos 60, foi em 1968 que Ivan Sutherland inventa um monitor montado na cabeça e o posiciona como uma janela para um mundo virtual.” https://en.wikipedia.org/wiki/Augmented_reality

1981: MANUFATURA ADITIVA: “Os primeiros equipamentos para manufatura aditiva (Impressão 3D) foram desenvolvidos nos anos 80. Em 1981, Hideo Kodama, do Nagoya Municipal Industrial Research Institute, inventou dois métodos de manufatura aditiva para produzir modelos tridimensionais de plástico com polímero termoendurecível.” https://en.wikipedia.org/wiki/3D_printing

1982: INTERNET OF THINGS: “O conceito de uma rede de dispositivos inteligentes foi discutido em 1982. Uma “vendor machine” de Coca-Cola modificada na Universidade Carnegie Mellon se tornava a primeira “coisa” conectada à Internet, capaz de relatar seu inventário. O trabalho de Mark Weiser, de 1991, sobre computação ubíqua, “O Computador do Século 21″, bem como locais acadêmicos como UbiComp e PerCom, produziram a visão contemporânea da IoT. Em 1994, Reza Raji descreveu o conceito no IEEE Spectrum como sendo “pequenos pacotes de dados se movendo em um grande conjunto de nós, de modo a integrar e automatizar tudo, de eletrodomésticos a fábricas inteiras”. Entre 1993 e 1996, várias empresas propuseram soluções como Microsoft’s at Work ou Novell’s NEST. O conceito ganhou mais força quando Bill Joy imaginou a comunicação “Device to Device” (D2D), apresentada no Fórum Econômico Mundial em Davos em 1999.” https://en.wikipedia.org/wiki/Internet_of_things

1990: BIG DATA: “O termo é usado desde a década de 1990, com alguns dando crédito a John Mashey por cunhar ou pelo menos torná-lo popular. Big data geralmente inclui conjuntos de dados com tamanhos além da capacidade de ferramentas de software comumente usadas para capturar, organizar, gerenciar e processar dados dentro de um tempo decorrido tolerável. A filosofia “big data” engloba dados não estruturados, semi-estruturados e estruturados, no entanto, o foco principal é em dados não estruturados. O “tamanho” do Big Data é um indicador em constante movimento, de 2012 variando de algumas dezenas de terabytes a muitos exabytes de dados. Big data requer um conjunto de tecnologias com novas formas de integração para revelar “insights” de conjuntos de dados diversificados, complexos e de grande escala.” https://en.wikipedia.org/wiki/Big_data

1990: CYBERSECURITY: “Debates em torno do conceito de cibersegurança intensificaram-se em meados dos anos 1990, nos Estados Unidos, se espalhando para outros países desenvolvidos e se manifestando em políticas de segurança. Tais debates são produto da Revolução da informação ou Terceira Revolução Industrial, onde se observa a presença das tecnologias da informação e comunicação em larga escala, envolvidas em vários aspectos da atividade humana. A criação de incentivos para motivar todas as partes da economia da Internet a fazer investimentos apropriados em segurança requer medidas técnicas e políticas públicas cuidadosamente equilibradas para aumentar a segurança, sem criar barreiras à inovação, ao crescimento econômico e ao fluxo livre de informações.” 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Segurança_de_computadores

1996: CLOUD COMPUTING: “O termo “cloud computing” foi popularizado pela Amazon.com em 2006, mas referências sobre “cloud computing” apareceram em 1996, com a primeira menção conhecida em um documento interno da Compaq. O símbolo da nuvem foi utilizado para representar redes de equipamentos de computação na ARPANET (1977) e a CSNET (1981) – ambos predecessores da própria Internet. A nuvem de palavras foi usada como uma metáfora para a Internet e uma forma padronizada semelhante a uma nuvem foi usada para denotar uma rede em esquemas de telefonia.” https://en.wikipedia.org/wiki/Cloud_computing

Por Eduardo Banzato, Diretor do Grupo IMAM

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