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admtoneladas2A Archer Daniel Midland Company (ADM) pretende movimentar 6 milhões de toneladas de grãos no Porto de Santos (SP) em 2017.

O volume representa um crescimento de 50% em relação ao ano de 2015, quando foram movimentados 4 milhões de toneladas.

“O ano passado não foi fácil, em função de problemas com o milho. Mas, neste ano, esse crescimento se deve à safra”, afirma o diretor de logística e portos da ADM, Eduardo Carvalho Rodrigues. Para o ano que vem, ele espera que o volume cresça como resultado dos investimentos feitos no porto pela companhia. “Esse aumento pode chegar a até 8 milhões de toneladas, mas ainda é cedo para saber”, estimou ele na última sexta-feira (19).

A modernização da unidade da empresa no Porto de Santos, que representa entre 50% a 60% do volume exportado pela companhia teve aporte de R$ 280 milhões. Com as obras, a ADM ampliou a capacidade de armazenagem de terminal de 6 para 8 milhões de toneladas. A capacidade estática do terminal passa de 172 mil toneladas para 194 mil toneladas.

A obra está 85% concluída e compreende a adoção de novas tecnologias para reduzir a emissão de partículas de grãos e a instalação de dois shiploaders. O primeiro já está em funcionamento e o segundo carregador de grãos para o navio será instalado até janeiro do próximo ano. Com isso, a capacidade de carregamento aumentará de duas mil toneladas por hora para 4 mil toneladas por a hora. As melhorias são parte de ajustes necessários para a ampliação da concessão no terminal.

Conforme Rodrigues, a companhia planeja investir para redesenhar a matriz ferroviária e otimizar as linhas férreas na região da ponta da praia, onde fica o Porto de Santos. “Ainda esse ano ainda vocês ouvirão nossos projetos nesse sentido.” Atualmente, 60% dos grãos que chegam aos terminais da ADM em Santos são entregues pelo modal ferroviário.

Em Santos, a companhia trabalha com milho, soja e farelo de soja. Outros investimentos ainda dependem de uma definição com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
A companhia completa 20 anos de atuação no Brasil neste ano, período no qual manteve a concessão para operar no Porto de Santos, no litoral paulista. Em 2015, o prazo foi estendido até 2037. A Lei dos Portos prevê que as concessões após 1993 devem durar 35 anos, podendo ser renovadas por outros 35 anos. Na época em que a empresa se instalou em Santos a concessão em vigor previa 20 anos renováveis pelo mesmo período. “Tão logo estiver claro como isso irá se concretizar nós vamos definir como continuar a investir em Santos”, explica Rodrigues.

Barcarena
A empresa também investe em mudanças no Porto de Barcarena, na Região Norte, onde mantém uma unidade em sociedade com a Glencore.
“Tivemos que fazer 70% do porto novo e vamos ampliar a capacidade de 1,5 milhões de toneladas para 6 milhões de toneladas”, salienta. A conclusão da obra está prevista para final de junho.

By gab