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zhk6j1407362222A DHL Supply Chain está lançando no Brasil serviços de terceirização para a área de logística hospitalar.

O início das atividades está marcado para o primeiro semestre de 2018 e a expectativa é que com um ano de operações, a empresa atinja cerca de “dois dígitos” de hospitais em sua carteira.

“Em conversa com hospitais vemos que há uma grande demanda. Eles precisam muito de ajuda”, disse o vice-presidente de operações e desenvolvimento de negócios da área da saúde Latam da DHL Supply Chain, Luiz Moreira. Em exclusiva, ele contou que apesar de ser uma quebra de paradigma para o setor, as conversas têm sido melhores do que esperava.

No País, a DHL começará com operações de logística externa, que inclui serviços de armazenagem externa e distribuição nos principais departamentos do hospital. Já em um segundo momento, a ideia é entrar nas atividades de logística interna, ajudando na gestão dos medicamentos e dispositivos hospitalares dentro do próprio hospital. “Se você tirar a armazenagem interna, pode transformar aquela área valiosa em uma fonte de receita seja colocando novos leitos ou uma nova sala de exames. Se eu tenho o estoque de segurança e posso entregar em algumas horas, para que você vai deixar parado?”, questiona.

Com a mudança na logística, de acordo com a DHL, os hospitais conseguem atingir uma redução de custo que varia entre 20% e 30%. Além da redução do espaço necessário para estoque, os serviços terceirizados conseguem reduzir a mão de obra própria do hospital, além de diminuir os desperdícios com má gestão que podem resultar até em medicamentos vencidos e descartados. “Não decidimos pelo hospital, mas com a base de dados e nossa experiência damos suporte para a decisão do hospital fazendo sugestões e ajudando no controle”, destaca.

Apesar de ter experiência na prestação de serviços hospitalares para governos em outros países, o executivo ressalta que o foco inicial da empresa é o setor privado nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Além do Brasil, outros países que oferecem o serviço são México, Cingapura e Inglaterra. A Argentina iniciou neste mês as operações voltadas para a saúde, denominada como Life Science (LF) e Healthcare e o Chile deve entrar na área no próximo ano. “O nicho hospitalar [nesses dois países] demorarão um pouco mais. Normalmente entramos com o core da empresa e depois expandimos os serviços”, acrescenta. No Brasil, a área de LF corresponde a cerca de 20% do faturamento da DHL.

A saúde é uma das áreas estratégicas para a DHL no mundo e no Brasil não é diferente. No início do ano, a empresa anunciou a aquisição da Polar Transportes, especializada na indústria da saúde. Apesar de não divulgar o investimento previsto para atender a área hospitalar, Moreira explicou que os desembolsos para armazenagem só devem ocorrer em um segundo momento. ” A estratégia é ir crescendo com a demanda. O que estamos tentando fazer é combinar operações na área da saúde”, conta. A princípio a empresa utilizará o campus dedicado a outro nicho da área da saúde, o de dispositivos médicos, combinando assim operações. “Se tenho o hospital e o fabricante, a venda passa a ser apenas um movimento contábil, eliminando complexidade do processo”, diz.

By gab