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slider122É sabido que muitas coisas foram criadas e desenvolvidas num mundo “velho” e que, portanto, Brasil, não teria porque alcança-los.

Mas tem coisas que não dá para engolir. É o caso do “moderníssimo” monotrilho inaugurado às pressas com a saída de Geraldo Alckmin, no aeroporto de Guarulhos.

Engenheiros de pontes, aeroportos, estradas e ferrovias, não fizeram o benchmarking com os trens expressos que ligam terminais desses aeroportos (subterrâneos) com o centro da cidade, como o Heathrow, na capital inglesa, inaugurado há dois anos.

Que me perdoem os engenheiros civis, pois também sou engenheiro, só que de produção. Mas qual dificuldade teria os trens em deixar os passageiros idosos com deficiência, crianças e com no mínimo uma mala, dentro dos terminais um, dois ou três de forma subterrânea? Nem seria necessário cruzar a pista de forma subterrânea. A culpa seria do prazo político do ex-governador (que por acaso é médico)? Não.

É de tirar o chapéu para a arquiteta brasileira Lina Bo Bardi responsável pelo projeto do MASP – Museu de Arte de São Paulo, como também ao engenheiro José Carlos de Figueiredo Ferraz por sua construção.

O edifício é considerado um importante exemplar da arquitetura brasileira, sendo ele localizado na Avenida Paulista sobre o viaduto 9 de Julho.  O mesmo já foi considerado o maior vão de concreto do mundo, e até hoje não precisou de retrofiting. 

Nada posso afirmar dos efeitos corruptos da época, mas se é para fazer e funcionar bem feito, que se faça na primeira vez no CAD (ou papel vegetal na época).

É ridículo nossa pátria ouvir lamentações de estrangeiros, que saem com malas, cruzando o pátio do estacionamento, subindo escadas para acessar o trem. Isto não é tudo, pois na estação do metrô e CTPM Engenheiro Goulart terá que fazer baldeação para um trem normalmente lotado.

Vamos torcer para que se ache uma solução mais digna para este projeto.

Por Reinaldo A. Moura, direitor do Grupo IMAM

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