O novo empreendimento da Hines, Distribution Park Embu II, em construção no município de Embu das Artes (SP), é exemplo de eficiência energética e conforto térmico. Pré-certificado LEED CS 2009 reúne galpão de armazenamento e edifício de apoio com refeitório, área administrativa e salas médicas. No galpão, foram previstas aberturas zenitais para permitir a iluminação natural do espaço interior, assegurando melhor distribuição da luz e maiores níveis de iluminância.
Com apoio da consultoria OTEC, o projeto de iluminação natural foi associado a sensores de luminosidade, que, juntos, trarão uma economia de 32% no consumo de energia elétrica. A solução foi expressiva o suficiente para a obtenção de mais de dez pontos no crédito de iluminação natural da certificação LEED para o DP Embu II, além de promover maior conforto aos usuários.
“A cobertura possui 3,3% de área de abertura para iluminação, realizada por clarabóias prismáticas que potencializam a entrada de luz, protegendo o interior da incidência direta de radiação solar. A solução alcança 74% de transmissão luminosa, feita de forma difusa, confortável ao olho humano e com menor impacto sobre os produtos armazenados no galpão. O material que compõem as placas prismáticas reduz a absorção do calor proveniente do sol em 51%, reduzindo o impacto da radiação sobre a temperatura interna”, informa a arquiteta Maíra André, do departamento de Eficiência Energética da OTEC.
O sistema adotado na cobertura do DP Embu II se soma ao controle da iluminação artificial por sensores de luminosidade, o que colabora com a redução no consumo de energia. “Os sensores controlam a totalidade das lâmpadas”, diz o engenheiro Steven Mathieson, gerente de Incorporação da Hines, que explica o funcionamento do sistema: “Quando a luz natural fica abaixo de 250 lux, o sensor identifica e liga 50% da iluminação. Ao escurecer mais, o sistema aciona os outros 50%. Caso a iluminância caia muito abaixo dos 250 lux, 100% das lâmpadas são acionadas de uma só vez. O processo inverso, ou seja, o desligamento ocorre da mesma maneira”.
Em galpões de armazenamento que prevêem o uso de ar-condicionado apenas na área de mezanino, como é o caso do DP Embu II, a iluminação artificial pode ser responsável por mais de 50% do consumo anual de energia do edifício. “Por isso, a instalação de um sistema de controle da iluminação artificial é crucial para atingir a redução de consumo mínima exigida pela certificação LEED e também reduzir os gastos financeiros dos futuros locatários”, esclarece.
No projeto da Hines, o sistema de controle da iluminação aliado aos painéis prismáticos permite a redução de 32% do consumo de energia da iluminação artificial. “Ainda que o galpão seja ocupado por 24 horas, entre cinco e dez horas por dia, metade da potência instalada terá consumo zero”, conclui a arquiteta.