A impressão 3D já é muito presente em diversos setores da indústria e, no automotivo, poderá ser usada para acabar com o estoque das peças de baixo volume, que equipam carros que já saíram de linha, por exemplo.
É nisso o que acredita Marcelo Fontoura, gerente comercial da UL, empresa especializada em impressão 3D: “É possível produzir de acordo com a demanda, pois a impressão 3D permite a fabricação, em poucas horas, de uma determinada peça sem a necessidade de estocar. As montadoras já podem fazer isso e obter até uma redução de custos, mas é necessário mudar o seu comportamento”.
No futuro, impressoras 3D certamente farão parte de mais itens da linha de produção das montadoras, sendo responsáveis pela fabricação de uma parte do veículo em série:
“Isso pode acontecer, mas dependerá de como a tecnologia avançará no futuro, para trabalhar em sincronia com as outras partes da linha de montagem. Mas isso não está muito distante da realidade, pois na China já conseguiram construir um prédio de seis andares apenas com impressoras 3D”.
Para Fontoura o setor automotivo e outros poderão se beneficiar da produção sob demanda, sem a necessidade de estoque, assim como do atendimento descentralizado, com a produção em diversas regiões do País, reduzindo o custo de logística e trazendo vantagens comerciais.
Mas… algumas questões da impressão 3D ainda são uma dúvida até para os especialistas: “Ainda não existe um estudo que mostre o quanto a impressão 3D agride o meio ambiente. Não sabemos o nível de emissões de gases e partículas tóxicas que vão para o meio ambiente. Alguns estudos já estão sendo feitos em outros países para que seja possível quantificar o nível de poluição que é emitido”.