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blockchain22Utilizada em diversas cadeias logísticas pelo mundo e responsável por implantar processos confiáveis, transparentes e seguros, a tecnologia Blockchain começa a virar realidade no Brasil.

A Intelipost, empresa especializada em consultoria e tecnologia para gestão de transportes para e-commerces, é um exemplo. Em parceria com a IBM e a Oracle, vai desenvolver ainda este ano a primeira solução do gênero no Brasil voltada para o transporte de cargas fracionadas.

“Sinceramente acredito que o Blockchain é o futuro da logística da distribuição. Obviamente que é um processo que envolve a participação de vários outros players, mas investiremos fortemente nisso. A Magazine Luiza vai, inclusive, entrar com a gente em uma operação em São Paulo”, afirma Stefan Rehm, fundador da Intelipost. A empresa vai apresentar a novidade durante a Intermodal South America, que acontece de 13 a 15 de março no São Paulo Expo, na capital paulista.

Cadeia de Valor

O Blockchain é uma tecnologia que descentraliza as medidas de segurança, compartilhando bases de registros e dados entre os agentes de um processo. Um case de sucesso é da joint venture que reúne a empresa de transporte marítimo de contêineres A.P. Moller-Maersk e IBM. A parceria já possibilitou o aperfeiçoamento de operações de transporte de flores do Quênia, laranjas da Califórnia (EUA) e Abacaxis da Colômbia para a Porto de Roterdã, na Holanda.

“A Maersk nos informou que, em um determinado momento, uma das operações envolvia mais de 30 pessoas no despacho e recebimento de carga e mais de 200 interações nos processos burocráticos. Com a adoção do sistema, o número de pessoas envolvidas e processos diminuiu drasticamente. A burocracia pode impactar em até um quinto o custo total de transporte por contêiner”, explica Regina Nori, líder de soluções técnicas da IBM Brasil.

Segundo a executiva, quando o experimento foi iniciado, o foco maior era fazer o tracking da carga, mas percebeu-se que existia uma burocracia gigantesca nos processos. Com o passar do tempo, o foco passou a ser também reduzir o volume documental, o chamado paperless trade, o que diminui o risco de erro e a incidência de fraudes.

Para Stefan Rehm, o mercado brasileiro precisa estar aberto a esta inovação. “Eu concordo que é um desafio trazer o Blockchain para o Brasil, porque a tecnologia é muito nova, mas se todos esperarem o momento certo chegar, ele nunca chega. É um desafio, mas somos empreendedores. Se não investirmos agora, outros virão. Não acredito que a tecnologia seja cara, mas sim todo o processo de treinamento e adoção dos procedimentos pelo mercado”, aponta.

By gab

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