Nos últimos anos, os operadores, responsáveis pela movimentação de materiais, estiveram no grupo ocupacional que vivenciou o maior número de casos de afastamento do trabalho.
As lesões associadas especificamente aos transportadores contínuos representam parte importante desses números totais, pois em geral são graves, envolvendo esmagamento ou amputação de pés, mãos e outros membros do corpo.
Protegendo os funcionários
Proteção é uma questão importante para os transportadores contínuos. Conforme exigido pela OSHA 1910.212 e 1910.219, os transportadores contínuos devem ser protegidos para evitar o acesso dos funcionários à transmissão de energia e outras partes móveis. As áreas de foco incluem os sistemas de transmissão, roletes finais, roletes de alimentação e, em alguns casos, a própria correia.
Em certas condições, a ASME B20.1-2006, norma de segurança para transportadores contínuos e equipamentos relacionados, exige que sejam instalados dispositivos de parada de emergência. Muitas empresas seguem as melhores práticas de instalação de cordões de emergência conectados a chaves de segurança em todos os transportadores contínuos para que o funcionário consiga facilmente parar o equipamento em caso de mau funcionamento ou emergência.
Parte do processo de avaliação das proteções deve ser a análise das políticas dos funcionários: eles são autorizados a usar roupas folgadas, cabelos longos ou joias durante o trabalho próximo aos transportadores contínuos?
Qualquer um desses itens triviais pode ser retido pelas partes móveis do equipamento e provocar graves lesões. E não se esqueça de avaliar os trajetos de sua empresa onde possam ser instalados portões ou escadas para que os funcionários que queiram atravessar não sejam tentados a usar atalhos passando por cima ou por baixo dos transportadores contínuos.
Transportadores contínuos elevados também podem expor os funcionários a quedas de objetos. É essencial a colocação de gradis em áreas propensas a atolamento. Também é importante instalar redes como precaução adicional para retenção dos materiais. Não deixe de avaliar áreas ou locais de trajeto intenso onde os funcionários precisam caminhar ou trabalhar embaixo dos transportadores contínuos para determinar onde devem ser instalados gradis ou redes.
Seja qual for a altura do transportador contínuo, os atolamentos podem ser perigosos. Planeje e documente antecipadamente o seu processo de desobstrução de atolamentos e garanta que seus funcionários sejam treinados adequadamente antes de ocorrer um atolamento.
As ferramentas necessárias para desobstrução podem ser tão simples quanto uma haste e uma escada ou tão complicadas quanto um sistema de elevação pantográfico ou de cabo-guia com cintos e correias de segurança. Cabe a você prever o que será necessário e incluir todas as ferramentas e equipamentos possíveis para desobstrução de atolamentos em seu processo.
Por fim, a manutenção e assistência dos transportadores contínuos também devem ter políticas claras e por escrito. Na maioria dos casos, essas funções – junto com a desobstrução dos atolamentos – devem ser executadas quando todas as fontes de energia do equipamento estiverem adequadamente bloqueadas.
Funcionários superansiosos podem tentar dar assistência ou manutenção enquanto o transportador contínuo estiver funcionando para não interromper o fluxo de materiais, porém esse é um método imediatista e perigoso.
Não deixe de avaliar e identificar por completo todas as fontes de energia e validar os procedimentos de bloqueio e identificação antes de serem usadas pelos funcionários.