O mercado de movimentação de materiais vem se transformando no Brasil, seguindo uma tendência mundial.
A comercialização de empilhadeiras elétricas é um bom exemplo disso e vem ganhando espaço entre empresas de diversos setores, principalmente nas que atuam em segmentos como: alimentício, de bebidas e farmaco-químicos e cosméticos. Não se trata de coincidência, mas sim, consequência, uma vez que estes equipamentos não emitem gases tóxicos em ambientes que devem preservar a proteção contra contaminação, como é o caso dos “atacarejos”, frigoríficos e itens de consumo diário.
Hoje, dentre todas as classes de motorização, os equipamentos com propulsão elétrica ocupam 62% da comercialização mundial alcançando 84% no mercado Europeu, segundo o WITS (World Industrial Trucks Statistics).
No Brasil, nos primeiros cinco meses de 2017, seguindo a tendência de 2016, as vendas de empilhadeiras elétricas alcançaram 60% das vendas totais de equipamentos de movimentação e armazenagem.
Esse alinhamento das empresas brasileiras com o compromisso com a legislação “ambiental” e redução do “custo operacional” do mercado, sem dúvida, também é impulsionado pela maior rigidez das normas trabalhista e ambiental, que proíbem a emissão de gases tóxicos em ambientes confinados ou fechados.
O cuidado das corporações com consumo de combustível e custos (totais) de operação tem seu destaque nessa mudança de comportamento do mercado de empilhadeiras. As máquinas elétricas apresentam altíssima tecnologia com vistas a relação custo-benefício-segurança, proporcionada por maior velocidade, aceleração e frenagem totalmente programadas, operação em menores corredores operacionais, alcançando maiores alturas de elevação de carga/operador quando comparados aos equipamentos à combustão, reduzindo muitas vezes, em até 70% a área consumida para armazenagem.
A mudança passa, logicamente, pelas áreas de suprimentos, engenharia e logística das empresas. A boa notícia é que o Brasil, a exemplo de Europa e Estados Unidos, está caminhando a passos largos para a maturidade em intralogística, contando com melhor planejamento dos centros de distribuição e armazenagem, melhores pisos, estudos mais detalhados de cronometria de operação com diferentes marcas e tipos de equipamentos, maiores cuidados com as perdas de carga, gestão de frota automatizada dentre outras boas práticas.
E é neste contexto que a venda consultiva ganha força, daí a importância de conhecer a necessidade de cada empresa em indicar a solução mais adequada que permitirá ao cliente desenvolver suas atividades com total cobertura e eficiência, o que acaba garantindo um crescimento ordenado na logística das organizações. Assim, o mercado mudou e nós tratamos de nos antecipar a estas mudanças de forma diária.
Por Norival Capassi – Gerente de Estratégia em Equipamentos Elétricos da Hyster-Yale® do Brasil.