Inteligência Artificial, internet das coisas (IOT), produção conectada, “servitização”, analytics, big data, veículos autônomos, drones, “uberização” do transporte, impressão 3D ou manufatura aditiva/laminar, e-mobility, etc.
Já provocam impactos disruptivos, suplantando as soluções/tecnologias existentes. Ao longo da última década, a Supply Chain passou por enormes mudanças… o que era função puramente operacional de logística, que prestava contas a área de produção ou comercial e cujo foco era simplesmente assegurar o abastecimento das linhas de produção e a entrega aos clientes, tornou-se agora uma função de gestão independente.
A gestão da cadeia de suprimentos deve garantir que as operações sejam bem integradas (dos fornecedores aos clientes), e que as decisões sobre custo, estoque e atendimento ao cliente sejam tomadas de uma perspectiva de ponta a ponta e não isoladamente, por função.
A digitalização da cadeia de suprimentos permite as empresas lidar com novas exigências dos clientes, com desafios do lado da oferta e com as demais expectativas de melhoria da eficiência.
A digitalização resulta na Supply Chain 4.0 que é …
– Mais rápida
– Mais flexível
– Mais customizada
– Mais precisa
– Mais eficiente
Empresas já entenderam que a nova demanda acontecerá em horas, não mais em dias, e por isso investem em parque de impressoras 3D para que possam fabricar nas pontas de consumo produtos solicitados “on-line” pelos clientes. A agilidade vai mais longe, integrando uma capacidade de antecipação da cadeia de suprimentos. Ela supõe uma visibilidade estendida da cadeia e um compartilhamento de informações entre todos os intervenientes.
Impacto da Cadeia de Suprimentos 4.0
A adoção de novas tecnologias constituirá uma grande alavanca para aumentar a eficácia operacional das cadeias de suprimentos.
– Melhor atendimento
– Redução das vendas perdidas
– Estoques balanceados
– Redução de custo na cadeia de suprimentos
Para atingir estes objetivos, o princípio fundamental consiste em obter uma visibilidade em toda a cadeia de ponta a ponta, isto é: disponibilidade, qualidade e capacidade de integrar todas as informações para dispor de uma visibilidade completa sobre os fluxos tal como numa “Torre de Controle” de tráfego aéreo.
“Servitização”
A mudança estratégica dos produtos manufaturados incluindo criação de novos serviços através da “Servitização” é um fator-chave atrás do imperativo de transformação digital.
A servitização do setor de manufatura está sendo impulsionada em parte por pressões competitivas, mas também por clientes que exigem mais e querem tudo o mais rápido.
A servitização já está pagando dividendos e aqueles que não adotaram estão perdendo receitas e, novas formas de desenvolver suas ofertas.
A servitização oferecerá novas oportunidades de trabalho na manufatura aos empregados focados em tarefas exclusivas de produção. As empresas que ainda não adotaram um modelo de negócios centrado no serviço devem compactar o tempo de entrega ao mercado desde a concepção até tornar-se um item comercial, o mais rápido possível.
TI conduzida por negócios
Com um valor real cada vez maior para a empresa, seu papel será de construção de relacionamentos, com os principais públicos de interesse. Essa TI conduzida por negócios será um modo de controlar os processos tradicionais e lentos. Integração das informações com fornecedores clientes e prestadores de serviços, para garantir a tomada de decisão correta em tempo ágil. A tarefa crítica de um gestor de Supply Chain é minimizar o tempo de interrupção dos fluxos de materiais/informações/financeiros.
Entretanto, é importante que os profissionais estejam atentos as reais necessidades do negócio, tomando assim cuidado com os modismos. Durante décadas, embarcadores, transportadoras e clientes imaginaram um momento em que o frete poderia ser rastreado em 24h x 7x 365 dias, em tempo real, à medida que se movimenta em todo o mundo.
Logística Urbana
Os ensaios mostram que a condução autônoma desempenhará um papel cada vez mais exponencial durante a chamada “última milha”, ou seja, o último passo no processo de entrega ao cliente. Várias exigências legais e de infraestrutura devem ser cumpridas em primeiro lugar, antes das entregas por drones e robôs. A medida que as redes de transportes e as cadeias de suprimentos do mundo se tornam cada vez mais interligada e complexas, os sistemas que as suportavam estão melhorando e avançando com a mesma velocidade. As principais soluções de TMS (Sistemas de Gerenciamento do Transporte) estão na integração de aplicativos de smartphones em toda a cadeia. Inovações em embalagens, que reaproveitem em fluxos de vai e volta (retornáveis), doação de embalagens etc., preocupadas com a sustentabilidade e com os custos envolvidos.
Empregos
Não há certeza de quais profissões/empregos terão um declínio nos próximos anos, mas com base nas tendências os empregos que terão sucesso são:
– Instalações
– Manutenção
– Construção de peças
– Mídias digitais
– Produção
– Cargos administrativos (legislação, tributação etc.)
A Toyota está indo na outra direção e substituindo seus robôs por seres humanos.
Por quê?
Os robôs podem ser mais rápidos, mas os humanos são capazes de inovar e encontrar ideias que resultam em melhorias. A criatividade é uma habilidade que, mesmo a inteligência artificial, está lutando para replicar e é por isso que será uma das habilidades que um trabalhador precisa para ter sucesso no futuro.
Você poderá da sua casa, prestar serviços em qualquer lugar. Sistemas de realidade virtual trarão imagens em tempo real. Experiências como visitar um museu ou um evento esportivo como se você estivesse lá serão cotidianas.
Reinaldo A. Moura, fundador e diretor do Grupo IMAM dedicado a consultoria, treinamento e editora. Publisher da Revista LOGÍSTICA & SUPPLY CHAIN.