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cadeiadesuprimentosA complexidade da gestão de supply chain é consequência da necessidade de planejamentos detalhados em todas as fases da cadeia e o grande número de variáveis que influenciam nas decisões estratégicas.

Em tempos de baixo crescimento econômico, para alcançar os melhores resultados e otimizar processos, os gestores precisam conhecer todas as etapas e entender onde estão os principais gargalos do setor. Os avanços tecnológicos aliados às metodologias ágeis já permitem que os departamentos de compras ganhem mais eficiência, economizem em tempo e reduzam custos. O mercado já fornece soluções que além de trazer eficiência ao fluxo, possibilitam um melhor controle e visibilidade dos processos, promovendo a transparência e facilitando auditorias, o que diminui os riscos de fraudes. Carlos Campos, Sócio Diretor da Nimbi, empresa especializada em soluções para a cadeia de suprimentos, aponta quatro práticas que otimizam os resultados na cadeia de suprimentos. Confira!

1. Use o processo colaborativo a seu favor para planejar a demanda
Para planejar a demanda de forma assertiva, é preciso entender qual é a expectativa de atendimento ao mercado e o potencial de venda para o cliente. Uma das formas mais eficazes é discutir questões estratégicas do setor com profissionais capacitados e com o uso de uma plataforma de S&OP (Sales and Operations Planning). Essa ferramenta organiza cronogramas para que os colaboradores tenham uma data de início e fim para contribuir com inputs e estimativas. Esse processo colaborativo culmina no momento em que a empresa chega a uma variável comum, considerando e descartando a opinião dos envolvidos no debate, consolidando um plano de venda. Esse planejamento também pode ser feito a partir de uma análise matemática: ao verificar o histórico de transações, é possível prever demandas futuras por meio de métodos que considerem indicadores como tendências e sazonalidade.

2. Não dependa do feeling para planejar seu estoque
Após definir o plano de venda é necessário avaliar o estoque disponível e se o planejamento feito é capaz de atender a demanda. Além de um profundo conhecimento de todos os itens do portfólio de produtos, uma das práticas que faz parte dessa gestão é dimensionar o volume de itens armazenados por perfil de comportamento, analisando particularidades como custo, frequência, criticidade para o negócio e complexidade na hora da compra. Deve-se levar em conta o ponto de equilíbrio entre o investimento que será realizado para atender a demanda e o retorno esperado. Ou seja, para gerir a estocagem de forma eficiente é preciso se apoiar em metodologias elaboradas para se ter uma estimativa realista do impacto de cada decisão, diminuindo assim o potencial de ruptura e perda nas vendas.

3. Cada etapa precisa de planejamentos específicos
Ao planejar o estoque, a área de suprimentos deve levar em conta a seguinte sequência: compra de insumos; embalagem; compra de matéria prima; produção; expedição; solicitar pedidos no mercado, e esquematizar entregas e roteiros. É necessário que sejam feitos planejamentos específicos para a compra, produção e distribuição. O primeiro deve ser definido a partir da quantidade de itens armazenados, pedidos feitos e acordo com fornecedores. Já o segundo é traçado com base em variáveis (matérias-primas, sequência de produção, produção mínima para indústria, e lote mais econômico) que afetam a produtividade para garantir o máximo da máquina sem gerar maior custo de produção. Por fim, ao terceiro abrange as particularidades de cada armazém, a complexidade de entrega, e a distância entre os centros de distribuição.

4. Visualização é a melhor prática para acompanhar a execução
Ter o controle do andamento das operações é tão importante quanto o planejamento estratégico. Com a produção já acontecendo é preciso do auxílio de ferramentas de gestão, com dashboards que apontem erros e acertos. Essas soluções permitem verificar entregas que estão em atraso e produções que não aconteceram, monitorar distribuição do estoque na planta, na fábrica e armazéns, e a performance da execução da venda.

Por Carlos Campos, sócio Diretor da Nimbi

 

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